Tendo a competição como regra básica, foram lembradas as Rengas do Japão antigo, formadas por desafios que originaram os haicais, os grandes embates dos repentes e as mais recentes batalhas dos Slams. Essas últimas, protagonizadas pela maioria de jovens, embora estimulem a criação, podem estabelecer a prevalência de um estilo mais vencedor, que acaba por impor uma espécie de molde às criações, o que seria o ponto negativo, além de, em alguns casos, acabar provocando depressão e tristeza entre os participantes não contemplados.
A procura pelo sucesso nas redes sociais, a busca pelos likes e um grande número de seguidores, pode desvirtuar o caráter da arte, sua espontaneidade e sua beleza, mas é avaliada como um tanto inevitável para alguns, na busca pela visibilidade.
Especialmente para o escritor, ser o ganhador de um prêmio de literatura pode trazer notoriedade à sua arte, principalmente porque a maioria sempre precisa de algum tipo de reconhecimento para reforçar sua própria crença em seu valor. Mas não ganhar, não significa necessariamente que sua obra não é boa. Isso porque muitos são os fatores que impedem que se faça uma avaliação completa das publicações, tanto pelo grande número de inscritos em relação ao de jurados, quanto pela competição entre gêneros distintos e até pela subjetividade nas escolhas.
Seja como for, a conclusão é de que a competição e a rivalidade entre autores e artistas tem seu lado positivo, desde que não se transforme em um “vale-tudo”. Alem do que, talvez, nossa maior competição seja mesmo com nosso próprio Ego.
*Encontro realizado via Google Meet, em 20/01/2021.
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