Hoje é carnaval. Mas também não é. Uma contradição causada por um vírus cruel, que vem nos atormentado há mais de um ano e que nos condenou à ausência de muitas coisas, dentre elas a comemoração dessa festa maravilhosa. Sim, para mim o Carnaval sempre foi uma festa grandiosa e imperdível. Quando criança, minha mãe me levava às matinês de salão e também para acompanhar os singelos desfiles de Rua de Campinas (sem querer ofender minha cidade, mas em comparação aos do Rio de Janeiro, por exemplo). A partir de meus dezessete anos, comecei a frequentar os bailes noturnos, que aconteciam em diversos clubes como Bonfim, Cultura, Regatas, Guarani. Embora eu tenha sido sempre torcedora da Ponte Preta, me via por vezes cantalorando o hino do clube rival, cantado à exaustão nos intervalos de cada baile que acontecia no ginásio localizado na Avenida Princesa D’Oeste. Nos primeiros anos da faculdade, eu cheguei a recusar convite pa...