Qual o papel do escritor
contemporâneo?
No meio da tarde do último sábado eu, uma pequena aprendiz de
escritora, me vi participando de uma roda de conversas sobre esse tema com grandes
escritores da cidade de Guarulhos. A discussão amigável, além da minha singela
participação, foi desenvolvida por Alaercio Zamuner, Aline Araújo, César
Magalhães Borges, professora Claudia Salvador, Francisco Grosso, Guilhermina Helfstein,
Monique Martins, Mora Alves, Paulo José Carneiro Pires, Rogério Brito, Sérgio Rocha, Talita Salvador e Wagner
Pires, com a mediação do professor Fabiano Fernandes Garcez, tudo isso no
aconchegante Espaço Cultural Bola de Artes, de Adriana Mantovani.
A primeira questão levantada foi em
relação ao significado do termo “contemporâneo” que costuma ser utilizado para
autores que vivem ou viveram na mesma época ou para fazer referência a um
período da história mundial. Houve um consenso que a questão abordava o papel
atual dos escritores, sua responsabilidade e postura perante a sociedade.
Foi constatado um distanciamento desses escritores em relação, principalmente, aos jovens, pelo que seria uma possível
“elitização” da literatura. Haveria um preconceito impregnado em determinados
guetos, que estariam criando as suas formas de expressão próprias. Um exemplo disso seria uma das manifestações artísticas mais em moda, o Slan, que na verdade,
na opinião de alguns dos autores não seria tão novo, por conter os mesmos elementos
do repente.
Outro motivo para esse afastamento
poderia ser o fato da leitura de um livro requerer tempo demais, uma dedicação
maior, em uma época em que o consumo de ideias e informações nas redes sociais
é quase que instantâneo.
E quanto a usar os meios
contemporâneos? Isso faria do escritor um contemporâneo? Não bastaria utilizar
ferramentas atuais, como o Twitter, por exemplo. O conteúdo e a forma da
escrita é que precisariam ser atuais.
Encontrar uma linguagem atual
para escrever seria, portanto, o maior desafio. Como achar essa nova linguagem? A solução ou a resposta seria o escritor romper fronteiras, sair do próprio gueto, ser um cidadão do
mundo.
O papel do escritor contemporâneo
seria transcender o papel!
Sim, é isso, este tema traz uma boa reflexão.
ResponderExcluirÉ verdade.
ExcluirResumiu bem o que foi nosso debate, em certos momentos até acalorado, sobre o assunto! Acho que fica a pergunta: o que podemos fazer para romper essas barreiras e trazer o público mais para perto do mundo da leitura?
ResponderExcluirCabe a nós encontrar esse caminho!
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