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Mostrando postagens de 2025

Balada: a arte da narrativa em poemas e canções

       O nome Balada vem de uma tradição francesa, na era medieval, e o significado do termo tem  mesmo relação com o ato de bailar. Mais tarde se torna muito popular na Inglaterra e na Irlanda também. É uma cultura oral em que o poeta está em ato se  apresentando para uma plateia.  Por isso  estão  presentes  os elementos  teatrais. Ele faz todas  as inflexões de voz,  molda seu gestual,  tudo para a  história  que está contando. Muitas  vezes é acompanhado de um alaúde ou outro instrumento musical. Uma poesia muito próxima do espírito da  canção. Portanto, a balada está  muito ligada às próprias  origens do teatro. Uma origem muito performática, muito musical. E a balada tinha essa característica muito própria  –  era uma contadora de histórias, uma narrativa em versos.      Justamente por ser uma cultura baseada na oralidade, poucos nomes de compositores de b...

A Criação Literária: entre a forma e a fôrma

  Tratados sobre a forma da escrita literária são muito antigos. Desde a Grécia antiga existe essa preocupação por parte dos filósofos. Um dos primeiros que precisa ser lido é a Arte Retórica e Arte Poética, de Aristóteles, em que ele já faz uma distinção entre prosa e poesia. Na retórica, ele já nos traz a estrutura básica de um texto, dividindo-o em três partes: início, meio e fim. Quando fala de poesia, ele a aproxima muito do universo musical e fala sobre a necessidade de métrica, para diferenciar os gêneros. Ou, às vezes, diferenciar os tempos.  Uma epopeia será algo diferente de uma balada, ou de uma canção de gesta, de um soneto, seja ele petrarquiano, shakespeareano etc. A redondilha maior e o cordel estão intimamente ligados. Para que se componha um soneto é preciso criar quatorze versos. Se fizer só três, não será um soneto. Se fizer 32, também não. Na música, o blues é definido por doze compassos. O frevo tem um ritmo próprio que o caracteriza. Para se fazer bossa n...

A representação artística do amor no século XXI

  O amor, em toda a sua amplitude, sempre foi um tema bastante retratado na arte, em todos os tempos. É eterno. Enquanto existir o gênero humano, haverá o amor e ele sempre será expressado na arte, por mais que a arte, muitas vezes, o trate como algo dentro ou fora de moda. Muitas vezes a palavra romântico vem carregada de certo preconceito, imaginando-se algo bobo, “água com açúcar”. Fazendo uma busca rápida, podemos citar como representação do amor de todos os tempos “Romeu e Julieta”, de Willian Shakespeare, peça do século XVI que já foi amplamente representada nas épocas seguintes em diversas versões e linguagens, em teatro, cinema, de várias formas. Titanic levou multidões à telona para acompanhar a história baseada em um trágico acidente real, mas com a incorporação de um par romântico, que atingiu em cheio o coração dos amantes, originalmente em 1953, e ainda mais com a versão de 1997. Foram muitos mais. Como outros exemplos, os filmes “Love Story”, “Em algum lugar do passad...