quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Quem quer ser santo?


Um conhecido programa de TV pergunta “Quem quer ser um milionário?”. O assunto já virou até filme. É claro que a resposta “sim” predomina. Por ocasião da proximidade da proclamação de Irmã Dulce como santa (37ª Santa brasileira), neste domingo (13), me ocorreu de forma analógica perguntar: Quem quer ser santo?

Aposto que grande parte responderá que não. Existe grande preconceito em relação a ser santo. Lembro-me de uma vez ter chamado a atenção de um garoto por causa de uma travessura. Disse que deveria se comportar, essas coisas que se fala às crianças nesses momentos, no que ele prontamente me respondeu: “Tia, você não vai querer que eu seja santo, né?”.

As pessoas, mesmo as que seguem uma religião, não costumam pensar na santidade como algo a ser almejado. Por alguma razão atribuem esse fenômeno a seres predestinados, que já teriam nascido santos. Outros se referem à santidade como sinônimo de “ser bobo”, “ser ingênuo”.

Acontece que alguns santos não foram tão perfeitos no início de sua vida, sendo às vezes até vilões, mas em confronto com alguma situação, acabaram se convertendo e passando a seguir de maneira exemplar os ensinamentos de Deus. Já Irmã Dulce, que está para ser proclamada santa, teve uma vida toda voltada para os trabalhos assistenciais em comunidades carentes de Salvador, Bahia.

Não é nada fácil ser santo. Mas as pessoas deveriam ao menos cogitar essa possibilidade em suas vidas. Já imaginou que maravilha se tornaria esse mundo, se todos lutassem pela santidade? Nem todos conseguiriam, pois o caminho para a santidade é árduo e doloroso. Há que se abrir mão de inúmeros “desejos” da vida comum e se doar ao outro o tempo todo. Mesmo que não seja assim, de forma tão efetiva, pequenos atos de bondade, de generosidade podem nos levar pelo caminho.

Eu quero ser santa. Sei que estou longe disso. Mas coloquei em minha vida essa meta, a de sempre procurar o bom caminho, a melhor decisão, a melhor palavra, o melhor ato. O exercício é: antes de tomar uma decisão, antes de agir, é preciso pensar nas consequências do que vai fazer. Quem será beneficiado? Quem será atingido? Se a resposta for sempre “eu” para a primeira pergunta e “o outro” para a segunda, algo não está certo.

Quem quiser saber um pouco mais sobre meus conceitos sobre santidade, dei uma palestra há alguns meses, relacionando-a ao alcoolismo, outro tema recorrente em meus escritos. Eis o link: 

https://youtu.be/OKK-edhAfbQ


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