sábado, 22 de setembro de 2018

Viva a primavera!

“Deixe que a vida faça contigo o que a primavera faz com as flores” dizia uma figurinha que recebi hoje pela manhã pelo whatsApp. Logo depois pude comprovar esse poder da nova estação que chega, indo para a banca de jornal buscar o “Notícias Já”, que procuramos comprar todos os dias para estimular a leitura de meu pai, que tem Alzheimer. Na rua entre a padaria e a banca existe uma amoreira. Ela está na calçada, em frente a uma casa, e todos os anos dá frutos durante o verão.
Quando me aproximei da árvore, não acreditei na quantidade de amoras, vermelhinhas ali disponíveis, à altura da minha mão. Fiquei por alguns minutos saboreando aquelas maravilhas. Mesmo sabendo que ela dará frutos durante um longo período, sei que nem sempre será possível tê-los tão acessíveis, pois, depois que todos descobrirem esse milagre da natureza, a concorrência será grande e tornará mais escassos os frutos mais baixos.
Peguei uma, huuumm que delícia, outra e mais outra, tomando o cuidado de não acabar com todas, pensando nas outras pessoas que passariam por ali e como eu, poderiam se fartar daquela gostosura.
Obrigada, Primavera, por essa surpresa deliciosa que nos proporciona. A natureza nos faz mais felizes através de você. Que pena que nem sempre nós a tratemos da mesma forma.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Que brasileiros são esses?


Que brasileiros são esses que têm manifestado intenções de voto, respectivamente, em um candidato visivelmente despreparado para governar o país, com ideias retrógradas e até certo ponto assustadoras e em outro, vinculado a um presidiário ficha-suja e a um partido atolado em denúncias de corrupção?

Será que não sabem que o país necessita de competência, de preparo, de um programa de governo bem estruturado e que contenha estratégias para solucionar os graves problemas que vimos há tempos enfrentando diariamente, cada vez com maior intensidade?

Será que não enxergam que precisamos de propostas reais para tratar a Saúde, que agoniza nos corredores dos hospitais, desaparelhados, com paredes sujas de bolor, com tetos a ponto de despencar na cabeça dos médicos, enfermeiros e atendentes que em números insuficientes, mal remunerados e sem as mínimas condições de trabalho, resistem por amor à profissão, por compaixão aos pobres doentes ou aos doentes pobres?

Por que não compreendem que é preciso ter planos para reestruturar a Educação, fazendo-a de qualidade e instrumento de avanço em todas as demais áreas, melhorando o nível dos professores, com maiores salários, capacitação e inovação?

Por que não entendem que o caminho para o combate à violência e ao tráfico de drogas necessita de uma proposta de unificação e estruturação das polícias e de um trabalho sério de inteligência e não de enfrentamento irresponsável?

Por que não buscam alguém que se preocupe verdadeiramente com o meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável?

Por que não escolhem os que declaram sua real preocupação em combater a corrupção, para que reapareçam os recursos necessários à execução de todas essas melhorias?

Que brasileiros são esses? Que intenções são essas? Que pesquisas são essas?




sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Independência. Será que ela aconteceu mesmo?


Hoje é feriado no Brasil, dia de comemorar nossa independência, “supostamente“ proclamada em 07 de setembro de 1822. Dia de desfile oficial nas principais ruas das cidades, com o envolvimento dos militares apresentando suas bandas, seus carros e armas de guerra e das escolas, mostrando suas fanfarras e balizas. Todos impecavelmente uniformizados e determinados a comemorar a conquista.
Impossível esquecer que hoje também faz cinco dias que perdemos o Museu Nacional do Rio de Janeiro, incinerado pela incompetência daqueles que dele deveriam cuidar, sejam eles gestores, diretores, reitores, secretários, ministros, presidentes, em exercício da função ou que já passaram por ela.
Outro fato que não pode deixar de ser citado aconteceu ontem, o atentado a um candidato à presidência da república, que foi repudiado pela maioria e com seus desdobramentos e investigações ainda em curso.
A um mês do primeiro turno das eleições deste ano, esses fatos acabam interligados por suas simbologias. Sim, nos libertamos de Portugal há 196 anos, mas, continuamos presos a uma sociedade desorientada, violenta e doente, a poderes corruptos e insensíveis a tudo que não seja de interesse próprio. Temos uma democracia, é verdade, que, porém, precisa se aprimorar, se intensificar, atingir a um maior número de pessoas, com igualdade de direitos e de obrigações.
Podemos fazer muito mais para melhorar esse cenário, todo o dia, com retidão em nossas ações, para que elas sejam coerentes com nossas expectativas de melhoria geral, com esmero na escolha de nosso voto para deputados, senadores, governador e presidente. E seja qual for o resultado, que sigamos acompanhando, cobrando, participando de alguma forma para um dia chegarmos à libertação plena. É possível, temos que acreditar.