Com a crise sanitária mundial provocada pela Covid-19 e uma crise política que vem ganhando força a cada dia, nos vemos em uma realidade distópica, com muitos e mais intensos ingredientes que os criados pela literatura.
Há escritores que se consagraram na utilização de distopias e utopias em suas obras. De Platão a Gabriel Garcia Marques, de Charles Chaplin a Geoge Orwell ou Aldous Huxley, Manoel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, The Beatles e The Doors, foram inúmeros os autores e obras citadas no debate. Seria a distopia real e a utopia imaginária? Ao menos, ao que parece, a utopia deixa de sê-la quando é alcançada e surgem então novos sonhos a serem perseguidos. Além disso, o que é distopia para uns pode ser utopia para outros e vice-versa.
Praticamente um consenso entre os participantes, na literatura não existiria uma escolha a ser feita, porque ambas, distopia e utopia, seriam complementares, coexistindo no cenário real e no imaginário. Haveria de se ter o equilíbrio entre elas. O que faria então uma obra ser boa ou ruim não seria exatamente a escolha de uma delas e sim como as duas estariam sendo tratadas na criação.
Pode ser que a atual situação de crise mundial e interna que vivemos faça brotar inúmeras obras nesse gênero. A própria situação a que todos estamos expostos, mesmo que não escritores proclamados, faz com que reflitamos sobre ela, sobre os sentimentos que faz brotar, sobre as angústias e os medos, as certezas e as incertezas, as previsões e especulações a respeito do futuro. Quanto mais incerto o futuro, maior a possibilidade de aparecerem histórias diferentes e inimaginadas.
Em tempo: Eu, particularmente, me aventurei nesse campo como iniciante, em meu livro #EsseFuturoNão! (já publicado em e-book e próximo a sair como livro físico). No meu caso, esse tipo de escrita surge da necessidade de externar a angústia de estar vivendo tudo isso.
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