Hoje é feriado no Brasil, dia de comemorar nossa
independência, “supostamente“ proclamada em 07 de setembro de 1822. Dia de
desfile oficial nas principais ruas das cidades, com o envolvimento dos
militares apresentando suas bandas, seus carros e armas de guerra e das
escolas, mostrando suas fanfarras e balizas. Todos impecavelmente uniformizados
e determinados a comemorar a conquista.
Impossível esquecer que hoje também faz cinco dias que
perdemos o Museu Nacional do Rio de Janeiro, incinerado pela incompetência daqueles
que dele deveriam cuidar, sejam eles gestores, diretores, reitores,
secretários, ministros, presidentes, em exercício da função ou que já passaram
por ela.
Outro fato que não pode deixar de ser citado aconteceu
ontem, o atentado a um candidato à presidência da república, que foi repudiado
pela maioria e com seus desdobramentos e investigações ainda em curso.
A um mês do primeiro turno das eleições deste ano, esses
fatos acabam interligados por suas simbologias. Sim, nos libertamos de Portugal
há 196 anos, mas, continuamos presos a uma sociedade desorientada, violenta e
doente, a poderes corruptos e insensíveis a tudo que não seja de interesse
próprio. Temos uma democracia, é verdade, que, porém, precisa se aprimorar, se intensificar,
atingir a um maior número de pessoas, com igualdade de direitos e de
obrigações.
Podemos fazer muito mais para melhorar esse cenário, todo o
dia, com retidão em nossas ações, para que elas sejam coerentes com nossas expectativas
de melhoria geral, com esmero na escolha de nosso voto para deputados,
senadores, governador e presidente. E seja qual for o resultado, que sigamos
acompanhando, cobrando, participando de alguma forma para um dia chegarmos à
libertação plena. É possível, temos que acreditar.
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