Quando iremos perceber a
vida como o maior bem desse mundo? Que nada justifica acabar com a vida do
outro, tão pouco com a própria vida?
Nem é preciso mencionar aqui
os casos mais em evidência em nosso país, ataques suicidas, ações de milícias,
feminicídio, negligência de pessoas e instituições.
Mata-se por poder, por
dinheiro, por petróleo, por ouro, por joias, por celulares, por tênis, por
atenção, por visibilidade, por fama, por negligência, por vingança, mas nada,
nada disso tem o valor de uma vida, seja ela de quem for.
Outro dia um amigo me
contava detalhes de um acidente, destacando vários ângulos da ocorrência, mas,
sem dar importância ao fato de ter resultado na morte de um rapaz de 20 anos. “Ele
não era casado, não tinha filhos, não sustentava ninguém, era um desses jovens problemáticos,
que só dão preocupação para a família”, ele me disse.
Fiquei pensando nesse rapaz.
Talvez não tivesse realmente nenhum feito glorioso em seu curto tempo de vida,
ou ainda tivesse aprontado alguma. Ainda assim, sua vida era valiosa. Penso no
que poderia fazer se tivesse uma chance. Quem sabe crescer, amadurecer, ter sucesso,
construir algo grande, ter uma família, ter filhos ou simplesmente ajudar
pessoas. Ele poderia escrever sua história de forma diferente e positiva. Sem
vida já não há mais como.
Talvez eu desagrade muitas
pessoas com o que vou dizer, mas, até mesmo a vida de uma pessoa má, de um
criminoso, tem valor. Quem pode garantir que essa pessoa não irá se arrepender
e passar a praticar boas ações. Além disso, quem é cristão, como eu, acredita
que só Deus que nos deu a vida, pode de nós tirá-la.
Quem sabe a dor e a tristeza
causadas por todas as perdas que tivemos, possam nos fazer refletir melhor e
resgatar dentro de nós o real valor da vida.
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